3º Bimestre / Aula 6 - Era Vargas (1930 - 1945) / Segunda Parte
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EraVargas (1930 - 1945)/SegundaParte
GovernoConstitucional (1934 - 1937)
O Governo Provisório teve como objetivo reorganizar a vida política do país. Neste período, o presidente Getúlio Vargas deu início ao processo de centralização do poder, caminhando para a radicalização e eliminando os órgãos legislativos (federal, estadual e municipal). Já no Governo Constitucional, Vargas se vê diante de futuras eleições em 1938, o que estava previsto pela nova Constituição de 1934. Diante desse quandro não restam opções a não ser radicalizar ainda mais a perseguição aos opositores. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização política do nosso país.
Ação Integralista Brasileira (AIB):foi um movimento político fundado no ano de 1932 e liderado por Plínio Salgado que possuía ideais ultraconservadores alinhados com a extrema-direita e que atuou no Brasil durante a década de 1930. O Integralismo possuía uma forte organização hierárquica, com uniformes, saudações e slogans inspirados nos movimentos de extrema-direita da Europa. Negava a democracia, defendendo sempre um Estado com poder centralizado para defender os interesses nacionais e proteger os valores brasileiros, negava o modelo pluripartidário, ou seja, defendia a existência de apenas um partido, logo, propunha o combate a qualquer tipo de oposição política. Possuía como lema “Deus, Pátria e Família” e tinha como principais líderes Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale.
Aliança Libertadora Nacional (ANL):uma das principais frentes políticas que se opuseram ao integralismo foi a Aliança Nacional Libertadora. Fundada em março de 1935 reunia grupos de várias tendências, como socialistas, anarquistas e comunistas. O principal grupo era o Partido Comunista, que funcionava na clandestinidade. Luís Carlos Prestes foi eleito o presidente de honra da ANL, da qual o programa político incluía: combate ao capitalismo e ao liberalismo; estatização de empresas estrangeiras; não-pagamento da dívida externa brasileira; realização de uma reforma agrária, com distribuição de terras para os trabalhadores do campo e combate ao latifúndio. Um dos lemas da ANL era “Pão, terra e liberdade”. O governo Vargas declarou a ANL ilegal já em junho de 1935, ordenando a prisão de seus líderes, alegando que eles tinham a intenção de promover um golpe de Estado no país.
Na primeira imagem temos o brasileiro Plínio Salgado, aliado e agente de Benito Mussolini, da Itália fascista, e de Adolf Hitler, da Alemanha nazista | Foto: montagem da Revista Superinteressante. Ainda podemos notar a saudação empregada pelos integralistas brasileiros Anauê, semelhante às saudações dos fascistas europeus e à saudação nazista, também evoluídas da saudação romana. A segunda imagem mostra a capa da biografia "Luis Carlos Prestes - Um Comunista Brasileiro", da historiadora Anita Leocadia Prestes - filha de Prestes com Olga Benário, executada pelos nazistas em 1942. No livro a historiadora se atem a reconstituir a relação do pai com o Partido Comunista Brasileiro concomitante com a ascensão do governo autoritário de Getúlio Vargas.
O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da ANL (Aliança Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros foram perseguidos.
Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder através das armas e então, tentam articular a Intentona Comunista, de 1935, dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretiza e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega que existia outra tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen. Este será o pretexto para o fechamento do Congresso, cancelamento das eleições presidenciais e a anulação da Constituição de 1934.
Na verdade, o plano foi realizado pelo capitão integralista e aliado de Vargas, Olímpio Mourão Filho (1900-1972), e utilizado pelo governo para justificar o estado de sítio e inaugurar o Estado Novo.
O Plano Cohen foi um suposto documento atribuído aos comunistas, que conteria um projeto para a derrubada do governo de Getúlio Vargas e a instauração de um regime comunista no Brasil.
A ameaça contida no Plano Cohen, semelhantemente à Intentona Comunista de 1935, definia de forma bastante detalhada, o desencadeamento de greves, manifestações, depredações, saques e até ataques a pessoas do governo.
Compreendido como um risco ao governo, a falsa descoberta do plano deu origem a um período de contra-revolução e anticomunismo que culminou no golpe do Estado Novo em 1º de novembro de 1937.
Anos mais tarde, em 1945 descobriu-se que o Plano Cohen não passava de um documento forjado pelos integralistas que apoiavam o governo de Getúlio Vargas e serviu como justificativa para a sua permanência no poder.
Quer que desenhe?!?!
Reproduza o mapa mental em seu caderno!
Só vendo mesmo!!!
Atividades
1) A partir do vídeo "3ª Constituição Brasileira – 1934: Resumo completo - História Contada" descreva quais foram as maiores transformações trazidas pela nova Constituição de 1934.
2) A partir do vídeo "ERA VARGAS (Intentona Comunista) #3" elabore uma texto argumentativo contrapondo as forças políticas do período. (mínimo 15 linhas)
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